As companhias aéreas low-cost low-fare (baixo custo / baixa tarifa) são aquelas que praticam preços baixíssimos nas suas passagens oferecendo como troca uma série de limitações no serviço. As low-costs, em geral, têm limitações de bagagem, restrições no check-in, taxas adicionais, paga-se para reservar assento (quando há reserva!), não existe serviço de bordo incluído ou diferentes classes. Mas, calma. Nem por isso elas são um mau negócio.
Para citar apenas três monstros do mercado: na Europa, Ryanair; na Ásia, AirAsia; e nos EUA, a jetBlue. Eu já voei com todas as três e, apesar das ressalvas, garanto que não é nenhum bicho-de-sete-cabeças, desde que saibamos utilizá-las corretamente. Como já disse, muitas vezes viajando o barato sai caro e para compensar os preços oferecidos pelas low-costs é preciso estar atento às seguintes principais regras.
- As passagens ficam baratas nas low-costs quando, durante a compra online, você recusa todos os serviços adicionais. Assim: no processo de compra vão te oferecer seguro viagem, tarifa para reserva de assento, taxa para check-in no aeroporto, pagamento para serviço de bordo, embarque preferencial, custo adicional para despacho de bagagem, etc – se comprar tudo, o preço que se paga pelo voo é muito próximo ao de uma companhia convencional. Para valer a pena, tenha em mente que: você topa viajar em qualquer lugar do avião; as cadeiras mal reclinam e não vão te servir nem uma água para beber; você não vai poder fazer check-in no balcão do aeroporto e tem que chegar lá com o cartão de embarque impresso; não existe política de reembolso ou cancelamento. E mais…
- Muito cuidado com o peso da sua mala e leia com atenção o que está sendo ofertado. A maior parte das aéreas de baixo custo só aceitam uma bagagem (e de mão!) na tarifa base e com limite de peso e dimensões verificadas no aeroporto. Uma passagem low-cost vai valer a pena quando você está com pouquíssima bagagem ou já sabe mais ou menos seu peso e faz a compra da franquia online com antecedência. Os preços praticados no balcão por quilo de excesso vão fazer você chorar. Não dê bobeira!
- Na hora de efetuar pagamento, opte por métodos menos tradicionais como PayPal ou compras no “débito”, quando o seu cartão for habilitado para tal transação no exterior. É comum que estas companhias tenham restrição com cartões internacionais ou cobrem taxas extras para compras no crédito.
- Muitas companhias low-costs operam seus voos em aeroportos secundários e bem distantes dos centros das cidades (Alô Europa!). Isso significa que você deve incluir o tempo de deslocamento e o custo com o transfer no valor da tarifa. Na boa, mesmo num aeroporto lá na casa do chapéu, um Shuttle Bus até o centro não vai te custar mais do que 20 dólares em lugar nenhum.
- Por último, te garanto que dá para conseguir sim preços inacreditáveis. Existem passagens por 50, 40, 30 e até 10 dólares. (Eu já paguei 5 euros num voo de Dublin para Londres. Juro.) Lógico que estes não são valores praticados o tempo todo e é por isso que compensa acompanhar as promoções e assinar as newsletters para receber as ofertas por email. O que recomendo é que quando estiver planejando sua viagem já comece a namorar os sites das low-costs em busca de barganhas. A lista de companhias mais completa está no Wikipedia.
Eu continuo usando companhias de baixo custo nas minhas viagens. Sempre com moderação.