Como reservar pousada
Caio Tristão
Caio Tristão
Atualizado em 29/07/15

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Tá aí algo com o selo “Made in Brazil” que a gente pode se orgulhar. As nossas pousadas são parte da cultura do turismo brasileiro e um produto genuinamente tupiniquim – e que, além do mais, não é do tipo exportação.

Você até pode estar se perguntando sobre as Pousadas de Portugal, incluindo a versão nacional, a belíssima Pousada do Convento do Carmo, em Salvador. Mas estas instalações históricas lusitanas são apenas homônimas e nada tem a ver com as pousadinhas brazucas.

Você também vai encontrar acomodação parecida mundo afora: um hotel boutique charmoso, uma estalagem de pequeno porte ou uma pensão familiar, cada qual com seu nome específico. Só que eu duvido que haja as peculiaridades (boas e ruins) que a gente vê por aqui – afinal, a palavra pousada nem tradução para outro idioma tem. Resumindo, pousada mesmo é só aqui e ponto.

E eu cresci indo atrás delas. Quando criança, viajava com minha família de carro pelo Brasil e a gente sempre buscava uma pousadinha para dormir, no interior ou no litoral. Meu pai sempre foi meio avesso a grandes hotéis e acho que herdei isso dele. E os motivos por tal obsessão às pousadas continuam valendo nos dias de hoje:

  • Custo x Benefício: Com um público cada vez mais interessado em atendimento personalizado e ambientes exclusivos, muitas pousadas buscaram este nicho de mercado e ganharam status de hotel cinco estrelas. Quando entram nesta linha, elas ficam absurdamente agradáveis e charmosas, mas o os preços também vão lá pras alturas. De maneira geral, as milhares de pousadas espalhadas por aí continuam oferecendo bons quartos com valores para todo o tamanho de bolso.
  • Tamanho: Pousada não deve ser grande. Nem a classificação do Ministério do Turismo permite que elas tenham mais do que 30 unidades habitacionais e 90 leitos. Eu prefiro as pequeninas, que têm entre 5 a 30 suítes, e de preferência quando nomeiam suas acomodações. É muito mais legal ficar no quarto “Arara-Azul” do que no apartamento 1504. 

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  • Ambiente familiar e atendimento: Você provavelmente já ouviu falar de alguém que largou tudo na vida e foi viver de uma pousada. Por isso que, quando feito com capricho, é muito comum que os próprios donos se misturem aos hóspedes tornando o ambiente familiar. E isso acontece até em pousadas mais pomposas, tornando tudo muito agradável.
    Um exemplo: Certa vez, quando me hospedava numa amável pousada em Olinda, de repente, me peguei na cozinha fazendo uma moqueca e tomando vinho com o dono (um gringo, senhor de idade, figurássa).
  • Dicas espertas: Assim como acontece nos albergues, e é pouco comum nos hotéis, nas recepções das pousadas sempre há boas dicas de passeios, roteiros e restaurantes que fogem do circuito turistão.
  • Café da Manhã: Para os glutões (presente!) não há nada melhor do que aqueles cafés da manhã continentais tipo buffet dos hotéis de primeira linha, com trocentas coisas diferentes para comer. Mas tem cada pousadinha com uns cafés caseiros e recheados de especialidades locais que realmente é de tirar o chapéu. Sou fã!

E aí, galera… Qual foi a melhor pousada que vocês já ficaram? A caixa de comentários quer ouvir a sua dica. Conta aí.

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