Meus pais se casaram às 10 da manhã de um dia qualquer no verão de 1981. O casamento matinal aconteceu porque à tarde os dois embarcariam em um voo para Europa, onde morariam por todo aquele ano. Não iam por opção profissional, mudança de endereço, tampouco necessidades familiares. A ideia era experimentar uma vida no exterior, conhecer novos lugares, se aprofundar em outras culturas. E eu te garanto que tenha valido a pena, pois cresci ouvindo incontáveis histórias daquela experiência.
Quando pequeno viajei por todo Sudeste, Bahia e parte do Centro-Oeste brasileiro de carro com eles. E o assunto viagem era recorrente durante toda a minha infância. Foram intermináveis os planos de rodar o mundo, de questionar se seria melhor ir para a Grécia ou Croácia, de cogitar em passar o natal em Paris, mas nada se concretizou. Entrei num avião pela primeira vez “tarde”, com 12 anos, e só fui fazer minha primeira viagem internacional em 2005, já com 21 anos de idade completados, quando, de fato, minha paixão por viajar se aflorou. De lá pra cá nunca mais parei e, fazendo intercâmbio ou a trabalho, mochilando ou fazendo visitas, já passei por muitos países e até voltei naquele mesmo lugar que fui em 2005.
Sou daqueles que dizem que viajar é aprender, compartilhar, desapegar e desfrutar da vida. Morei fora do Brasil, dormi em lugares impensáveis, peguei barco, trem velho, aluguei carro; curti as melhores festas e me ferrei nas maiores roubadas; até fui sozinho visitar países inóspitos. Tudo isso sem nunca ter entrado numa agência de viagens. E quer saber? Vale muito a pena! Foi aos poucos, e sem querer, que acabei virando referência entre amigos para dar dicas de lugares descolados e ajudar na montagem de roteiros interessantes. Compartilhar o que vivi e ajudar os próximos viajantes, da forma que for, se tornou um compromisso pessoal.
Me chamo Caio Tristão Nogueira, sou Engenheiro de Computação, trabalho numa mega-empresa privada e vivo o “mundo corporativo”. Só tive sorte na vida, tenho uma mulher maravilhosa e uso e abuso das oportunidades. Viajar é uma necessidade e hoje, pretensiosamente, me considero um turista profissional.